quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Moradias são demolidas em ação de segurança social

2018-01-18 16:54:00 - Jornalista: Equipe Secom
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Foto de trator derrubando casa.
Foto: Maurício Porão
Objetivo é cumprir ordem judicial e impedir novas invasões no Lagomar
"Uma ação de cidadania, de cuidado com vidas". Assim o prefeito de Macaé, Dr. Aluizio, definiu a demolição das residências que ficam na zona de amortecimento do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, no bairro Lagomar. Todas as 96 famílias dessas residências já foram removidas, em dezembro, para o Conjunto Habitacional Prefeito Carlos Emir (Bosque Azul). A intervenção é uma determinação do Ministério Público e também uma medida de segurança pública. A ação teve início nessa quinta-feira (18), com 40 casas demolidas.
"Essa atuação segue duas premissas: cumprir uma ordem judicial e impedir novas invasões que possam colocar a vida de pessoas em risco", afirmou Dr. Aluizio, que acompanhou a operação e pode ouvir e tirar dúvidas dos moradores que ainda moram no local. "Estamos aqui para conversar, para resolver. Não podemos deixar que a população viva em uma situação irregular", disse Aluizio.

Após o bairro passar por dias de conflitos entre facções, a demolição também é um importante meio de combate às ações de traficantes. "Agora a comunidade está mais pacífica, só vamos parar quando estiver tudo a contento. Estamos aqui com muita cautela, pois há muitas famílias", afirmou o secretário de Ordem Pública, Sebastião Carneiro que, junto com a Polícia Militar e Civil, garantiram a segurança de moradores e as equipes envolvidas em todo trabalho.

A operação contou com a participação das secretarias de Ordem Pública, Habitação, Infraestrutura e Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade. Foram utilizados quatro retroescavadeiras e oito caminhões, com uma equipe de cerca de 50 homens da secretaria de Infraestrutura.

"A prefeitura não demolirá nenhuma casa sem consentimento. A Secretaria de Habitação manterá equipe no Lagomar para resolver, pacificamente, todos os casos. Vamos fazer todo o possível e colocar toda a energia para resolver as situações que se apresentarem. Se de todo for realmente impossível, vamos em busca de outras medidas. Nosso objetivo é a legalização. O governo tem a obrigação de resolver, dentro da legalidade, caso a caso", enfatizou o prefeito de Macaé.

A secretária de Habitação Tânia Jardim, explicou toda atuação. "Estamos dando continuidade à ação de remanejamento iniciada em dezembro de 2017, atendendo ao Ministério Público, visto que é uma área de amortecimento do Parque Nacional da Restinga Jurubatiba que precisa ser restaurada. Primeiro, atendemos as famílias que aceitaram espontaneamente a mudança. Hoje, muitas já nos procuram e têm a consciência de como essa mudança é importante e, principalmente, uma forma de promover qualidade de vida a essas pessoas que, ao saírem daqui, podem ir para um local melhor", afirmou Tânia.

A moradora Maria Cristina Mafrin, que logo irá para o Residencial no Bosque Azul, concorda com a secretária. "Essa mudança é excelente. Vamos para um lugar melhor, onde há mais facilidades para nós moradores", afirmou a dona de casa.

As famílias que ainda se encontram no local tiveram assistência da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade. "É fundamental o nosso apoio a essas famílias. Estamos aqui para acolher. Por conta da invasão, atuamos para dar suporte e garantir que essas pessoas possam ir para um lugar seguro", afirmou a secretária Tatiana Pires.

Além disso, uma equipe da Habitação realizou, durante a tarde desta quinta-feira, uma reunião com os moradores na Escola Municipal Paulo Freire para esclarecimento de dúvidas e possíveis soluções imediata. Nesta sexta-feira (19) e durante toda a próxima semana, a equipe continuará na escola realizando atendimento. Os casos serão tratados individualmente, com o objetivo de resolver as situações que, por algum motivo, estão ainda pendentes.

Selagem

Em 2015, cada família recebeu uma folha de cadastro com o número de inscrição que foi afixado na residência, contendo a data, a hora e os documentos que deveriam ser levados para realizar o cadastro. O município cumpriu determinação da justiça para cadastrar e remover as famílias que vivem na zona de amortecimento do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, localizada na Rua W 30, no bairro Lagomar. A unidade de conservação foi criada pelo Governo Federal, em 1998, com o objetivo de proteger significativos ecossistemas e espécies locais.

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